Há, em meu percurso, um amor ao segredo... Ao particular... Às conquistas, duvidas e loucuras... Muitas vezes insensatas e incoerentes...Muitas vezes cruéis, dentro de um sensível amargo. Por este amor e outras particularidades, tenho esta dificuldade, de postar aqui, meu intimo reflexo.
Mais uma vez vou tentar.
Desta vez, não pretendo apagar as falhas de percurso.
Estou tentando fazer deste lugar, algo particular...
Um pedacinho muito meu.
Sendo assim, quero poder deixar passar o descaso natural, que tenho com a ortografia, aqui também.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

(00:00:00 x 00:02:22)

Se o tempo me invade integro,

E a razão me repreende a furtar meu avesso.


Caminho no tempo do reflexo,

Vou do curvo ao convexo...


Envelheço ao pontar dos segundos

Em poucos minutos morri uma vida.

(00:00:00 x 24:00:00)

Durante as horas em que me mantive expandida

Pelo espaço que cresce além das marcas do tempo....


Sou eu ainda jovem...No tempo que envelheceu o dia.

-Tempo Arte-

E daquele espaço todo falado,
sabe-se lá o que ficou arquivado!
E, porque não se sabe, foi desperdiçado?

Digo:
De todo o desperdício de um tempo bem provado.
Revirando o universo de palavras dissipadas ao vento

Distante de qualquer razão,
mas em pleno “CON-SENTIMENTO”

Com o auxilio do olho que não vê além do que sente...

[Vasculhando num arquivo por trás da mente,
que algumas vezes mente sem saber...
Arquivando somente o que prova,
somando apenas as pontas
que o tempo consciente revela.]

Ao abrir a caixa que meu infinito consente
Um formigamento sensível e eloqüente
Tece imagens nas asas de todo o desperdício
Reciclando o lixo em criações constatadas

Fez se arte desde o inicio
Desde o descuido do tempo
Desde o excesso escondido

Desde o consenso do corpo ao acaso
Desde o temperamento desconcentrado

Prova-se a vida que a mente não revela
Mas que por seu mundo o sentimento “dês mente”

Arte que tece aval
Tal qual os dias que adormecem
Tal qual o suco de todo o fruto


Costurando senso ao que é nato
De cor e dor
Em som, ou mudo.