O velho enobrece com a loucura do que arquiva
Assim rege seu tempo fora das horas.
Tem na partitura dos gestos algo ainda mais modesto
Beirando a fragilidade instável de tudo o que foi mais viril
De tudo que um dia foi visto com mais audácia do que a intenção jovem permite, sem parecer arrogância.
A velhice consente toda a amargura, toda a rudeza e concretude,e por estes exatos termos...
Serei leve como quem merece concluir-se insano.
Por tamanho calejamento do que foi mais jura de bom argumento, atrás de um consentimento em que o mais consentido, não fui eu.
E por estes exatos, serei coesa como toda a contradição do que é vida.
E exibindo calos da vida consentida, farei eu a mais tola das proezas, a me desabar no desfarce rico do olhar maroto.
Que jamais saberá a rota das ruas do meu mundo torto.
Mas reduzirá por dentro parte das dúzias que expresso na face.
Para um mundo que se perde do que me esqueço, serei minha loucura, e ao mundo... todo o avesso cabível.
Cabe em mim tudo! Em desnível.
Quem sabe a tolice me torne performática !
A bordar paetes em todas as máscaras.
Ser toda a autenticidade que meu tempo ainda teme...
Vincando a soma de sorriso e dor, desamor e medo e de todo o dicionário possível de sentimento.
Carrego uma linha de meu vasto contexto, para não me esquecer de despir-me inteira.
E depois, para bem adiante, me coroar alva....
Com todos os fios ornados na cabeça, consentindo assim dentro do branco verdadeira morada de todas as cores.