Há, em meu percurso, um amor ao segredo... Ao particular... Às conquistas, duvidas e loucuras... Muitas vezes insensatas e incoerentes...Muitas vezes cruéis, dentro de um sensível amargo. Por este amor e outras particularidades, tenho esta dificuldade, de postar aqui, meu intimo reflexo.
Mais uma vez vou tentar.
Desta vez, não pretendo apagar as falhas de percurso.
Estou tentando fazer deste lugar, algo particular...
Um pedacinho muito meu.
Sendo assim, quero poder deixar passar o descaso natural, que tenho com a ortografia, aqui também.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

HOJE, GANHEI O CÉU DE PRESENTE!

Meu ano começou assim...
Um mergulho silencioso no mar na noite de carnaval. Maravilhoso!
Natureza e céu unidos como um grande infinito, e ao meu movimento, o mar me permitiu deixar reger as estrelas.

Me cercou de plâncton em luz. Me convidou a toda sua imensidão. A me convidar para um respiro mais profundo, mas exposto. E como se a ânsia de mergulhar naquele negrume infinito fosse a profecia da tempestade interna que emergiu de mim este ano.

Passou com uma ideia enorme de tempo perdido, de fome e sede de novo. E de correias entrevadas, enferrujadas... Sucatas!

Um ano de sucatas emergidas pela grande enxurrada de verdades sem filtro. Verdades minhas desta vez! Ninguem para culpar, ou apontar os dedos. E fui me pendurando me agarrando pelas frestas, pelas grades dos outros para nao me deixar levar. Querendo invadir as frestas, caber em outros mundos, na correnteza que me desafiou, impiedosa, o ano todo.

Só eu vi! Era só minha! Era eu o lixo que queria dispensar...Mas e também era eu aquele mar, aquela imensidão e muito da noite que me queria dia.

Talvez tenha me oferecido o plancton como convite!
"Aprenda a reger a luz q ativa a tua volta com teu movimento mais simples e se expande a medida que coloca enfase". Devia ter sido esta a voz que não soube escutar.

E quis mar o ano todo, que pela primeira vez me deixou de castigo no concreto.
Ano duro, seco, cinza, pouco sol e muito frio.

E quis demais, uma forma de me lavar!

Semana passada me senti chover por dentro.
Como se a chuva fosse tinta.
Como se meu céu desaguasse, seu nanquim e minhas cores desbotassem em algo mais claro.
Mais luminoso.
Mais verdadeiro...
Como se cada gota mergulhasse comigo, como parte do mesmo.

E assim, sem querer aquarelei parte de tudo.
Chovendo para fora as cores que a tempestade trazia dentro...

E assim. Assim mesmo, foi que lancei meu pedido!
Com a mesma magia da vida que se guia sozinha o céu desceu para me presentear.

Tréguas de fim de fim de ciclo...
Banhada pelo céu que assumiu peso em meu corpo, a medida que mergulhou em mim.
Gota a gota a mensagem de minha reciproca imensidão.
Fechou! Abriu passagem.
Virou a chave!
Me venci.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

A grande dificuldade de abandonar uma fantasia, eh que, sem a fantasia, nada nos distrai a atenção de nossos próprios abismos.

Fantasia, nunca alcança a realidade. Nada se constrói ou concretiza, se não mais fantasias.

Até da para ganhar dinheiro vendendo fantasias!
Tai, o dinheiro! o único lúdico fictício, que troca ilusões imaginarias por ilusões materiais.

Eh... Preciso abandonar as que me vendam e vender as que me sobram!

domingo, 20 de novembro de 2011

Eu sou idealista.

E vai além do acreditar naos pessoas!

Alias, não tenho acreditado muito nas pessoas, porem...

ACREDITO NO PODER DO SENTIR, DIANTE AOS SENTIDOS DA VIDA!!!!!!


A gente pode simplesmente "sentir" e guardar; expressar ...

Ou a gente pode compreender o que trouxe o "sentir", aonde ele mora, e para onde vai... Diante aos sentidos da vida.

Isso, é ganhar consciência sobre seus sensíveis e sobre si!



quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Estamos todos bastante vestidos, para a nudez das horas... Para a sensualidade que em seu estado breve excita e nao se faz eterna poque passagem eh seu grande gesto!

Quanto mais vestimos, mais caminhamos para o peso que desafia passos. Nudez da vida cabe nos segundos e milésimos, e se derrama como sumo de fruta mordida. Nudez esta a qual em pouco tempo jamais saberemos. Ainda que completamente nus em pele. Pelo peso das mascaras da fala e vícios atuados na face a mérito do mesmo disfarce, ainda a compor a veste dos homens.
Sera q algum dia corto a minha orelha??? as vezes acho que sim! mas sem mérito de ser artista, apenas um excesso quase canibal por se sentir! em alguma lente de 10 planos deve ser possível ver as dentadas no meu estomago, peito,atras do lobo ocular... instinto canibal por sentir e ter apenas um corpo ja pesado, e ja bastante restrito, para manchar fora a marcha de dentro.

sábado, 5 de novembro de 2011

***Lunática***

Tão enfática ao olhar pela luneta.

A vida num surto, presa entre lentes.
Distorções e distrações,
Caras e caretas!

Loucuras do mundo,
Empasses, dilemas...

Se em angulo, na lente, luz do sol se projeta... Queima.
Ou por outro angulo, ha quem questione,
A dobra do tempo...Passado e futuro.

Eu aqui, de cima do muro,
Por um tubo, foco os olhos em uma lua inteira...
Eu mulher de lua cheia, movo as mares de meus sentidos.

Contidos todos em contratempos,
Do tempo que em mim, pré-ocupa.

E como luneta... Reduzo tempo.
Amplio a imagem, entubo espaços...Túnel do tempo!

Sendo um pouco lua e um tanto criança
Tudo cabe em mim e nada me alcança