Há, em meu percurso, um amor ao segredo... Ao particular... Às conquistas, duvidas e loucuras... Muitas vezes insensatas e incoerentes...Muitas vezes cruéis, dentro de um sensível amargo. Por este amor e outras particularidades, tenho esta dificuldade, de postar aqui, meu intimo reflexo.
Mais uma vez vou tentar.
Desta vez, não pretendo apagar as falhas de percurso.
Estou tentando fazer deste lugar, algo particular...
Um pedacinho muito meu.
Sendo assim, quero poder deixar passar o descaso natural, que tenho com a ortografia, aqui também.

domingo, 27 de março de 2011

Arremesso

Dentro de todo o umbigo do abrigo
mora a linha,
de depender do sumo digerido,
de tudo que eh dor em alimento.

Ao invés de entender o primor
da primaria presença a se expor
Sem sonhar outras voltas
além do limite das mãos.

sábado, 19 de março de 2011

Porque precisamos do tato e acalento do outro para nos sentirmos inteiros...
saciados.

E se eu nascesse do ovo?
sera que buscaria o calor da matéria? ou de uma brisa quente?

Sera que eh por isso que tem asas?
sina-vida de funcionar em expansão sem jamais sentir o involucro?

E o humano fosse a menos viceral, poderia em anos luz, botar um ovo sem romper o corpo?

e de que formaria todo o gosto?
e pra onde seguiria a poesia do gesto?

que bicho no bico o voo ousaria?

que voo no voo a ambição traria?
(Cisne Negro-Filme)
Como conseguem? exprimir te maneira tao perfeita a intimidade grotesca da imersão mais escura, em clausura tao desperta e dilatar todo o ato febril na poesia mais delicada e incoerente, a desenrolar o novelo particular verdadeiro.
Impecável por todos os pecados, a deleitar toda a beleza para seu auxilio.

Como pode?
e ainda pela extrema loucura do que são os olhos alheios versos olhos íntimos termina a execução de seu enfático argumento, na boca do povo que assiste e comenta. Em extensão da loucura ainda que pela superfície dilatada dos olhos que selecionam, por vezes, apenas beleza a tanta verdade sucumbida.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Hoje me deparo com a beleza do Vual que me impede de ter a visão a diante ...
Tão frágil e tão determinante!
Que se a sede e fome não eh severa,
vislumbro detalhes delicados da cegueira que me impera!

pura desordem

Pura desordem ainda viva...
Como nova especie a se lidar, nascendo de um "útero imprevisto"...
Basta saber que eh com amor que se acolhe o que vem embolando por dentro, e enfatizando por fora, sem consulta nem permissão... Sendo em ti ou no outro, invade a inquestionável lida, de que somos os mesmos a peitar o que do terror despeitamos. O que por olor disputamos. O que berra a causa de discernirmos... O tom. A cor. Um passo ativo por escolha, e a força egoica que lança a bolha, a ser seu único em verdade.
Age assim a dualidade, de ser luz e sombra, quando afirma, existente.

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inspirada por post Adrianne Meyer Gruhl

"Tudo está no seu lugar em sua mais pura desordem. Veja. Toque. Sinta. E não pense no que ver, tocar ou sentir.

Deixa a novidade entrar. Respira. Vê? É simples: é como respirar."

quarta-feira, 2 de março de 2011

sinto

quero o chão.

quero o canto. quero as dobras nas minhas dobras...

e de toda a sobra, nem um pranto!

Nem um manto, por sobre mim desdobra.


É o frio do concreto liso.

Um saber. Que de tão meu...ínfimo.

Que de tão vasto mundo... pó de tudo!

O sentir do vasto vivo...e assim contrasto.


Em meu vagar instintivo.

E, se, de mais razão... me gasto!


Bebo toda a sinestesia
e aguço um sentir vão.

E de tal lapso medroso,
largo-me assim rugoso.

Derreto pelas lagrimas
que ja fixaram na pele
toda a sua norma de ser ávida.


Hoje, pelo corpo sou, ser-vida,
mas não ha nada distinto!

Que me faça ser mais hino
que canção de um "Oam" corrente.

Ser mais tempo vasto
do que tempo visto.

um eu farto de espaço gera cria muito mais que o visto...
muito mais que o grito.

gero a mim por mim ... sem mito
e sem muito.

sinto.