Há, em meu percurso, um amor ao segredo... Ao particular... Às conquistas, duvidas e loucuras... Muitas vezes insensatas e incoerentes...Muitas vezes cruéis, dentro de um sensível amargo. Por este amor e outras particularidades, tenho esta dificuldade, de postar aqui, meu intimo reflexo.
Mais uma vez vou tentar.
Desta vez, não pretendo apagar as falhas de percurso.
Estou tentando fazer deste lugar, algo particular...
Um pedacinho muito meu.
Sendo assim, quero poder deixar passar o descaso natural, que tenho com a ortografia, aqui também.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Trocando turnos

Acorde...
Para ouvir o vento soar
Suave entre o vão de seus lençóis

O sol da tarde invade
Desenhando seus quadris

Venha ver pelos vãos
Pra não ferir sua retina

Venha ver dialogar
A manhã limpa inaugura seu olhar

Uma voz a mergulhar o seu inverso
Em verso constante de lira... delira o sonho teu!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Manhã sem concha

Pela manha, entre pequenos prazeres do despertar
Enquanto o lençol se despede trocando sonhos por saudades
Deslizo as mãos a inspirar
Estico os pés a espreguiçar

Mora na preguiça breve permitida
Aguçando prazer em meu murmúrio
A sua imagem que ágil se lança
Me toma a saudade que não te alcança

Enrosco minhas pernas
Por todo o tecido
Moldando tuas formas
Aos meus ruídos

Ainda que além
Eleve meus sentidos
Nada comporta a falta ...
Corpo e voz ao meu ouvido.

TECO

Olho como quem recorda
Como quem apreende

Ao meu olhar
Segue a semente
Segue o semblante daquele infante

Em todo o feito algo relevante
Faz o que faz ,
E como faz com destreza!,

Se guia `a própria cura
por pura natureza

Nem vê nada muito a diante
se espreguiça brinca e rola
costura acasos como quem dança

Cria e recria sem intenção
pura sensação de ser criança.


Me ensine a não ver
e a ter tudo tão depressa!
sem saber desta pressa hipnótica de gigantes

Me ensine a grande mágica
de ter boca pra reinventar o mundo
pelo tempo que a hora não alcança

Me seduz a esta soma
ao limite de duas pequenas mãos espalmadas

Quero temer somente as palmadas,
desafiar o olhar de quem limita

Imitar como um grande sarro
ou como quem ressalta o que admira

Ter ego de super-homem
A domar sua fantasia
Sem medo de errar.

Em seu enredo,
Erro é manha
Pra quem desafia.