Há, em meu percurso, um amor ao segredo... Ao particular... Às conquistas, duvidas e loucuras... Muitas vezes insensatas e incoerentes...Muitas vezes cruéis, dentro de um sensível amargo. Por este amor e outras particularidades, tenho esta dificuldade, de postar aqui, meu intimo reflexo.
Mais uma vez vou tentar.
Desta vez, não pretendo apagar as falhas de percurso.
Estou tentando fazer deste lugar, algo particular...
Um pedacinho muito meu.
Sendo assim, quero poder deixar passar o descaso natural, que tenho com a ortografia, aqui também.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Linha e agulha

Fim de ano chegando...
Uma boa olhada no espelho...
Os contornos ainda não são os meus.

Novo ano, nova dose de animo...
Linha na agulha,
e...Bora a costurar um pouco dos sonhos rente ao pé da estrada!

Quem sabe costuro em ponto firme, ao menos um pé de meia inteira!

Adornos estimulam o corpo a pertencer
ensinam o corpo a se caber
encobrem um pouco
enfeitam mais um ponto

Ensinam a não desmerecer
seja pequeno ou grande esforço

Pés de meia pra tecer!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

7... e 1/4...1/3...1/2... 6... e1/4...1/3...1/2.... 5...

Hoje ando querendo perder tempo

Perder tempo no olhar antes de ser beijo
tempo antes de ser desejo
desejo antes de ser ato

Saudade de saber carinho
a nao carecer caricia

Quero transito dos atos
a ganhar massa na medida exata dos numeros.

perder tempo pra que me saibam gente
teeeeempos antes que me saibam sexo.

10...9 e 1/4... 1/3... 1/2... 8... e 1/4...1/3...1/2... 7...

Hoje em dia ando querendo perder tempo

Perder tempo numa conversa
sem decidir nem amanhã e nem depois o que vai ser

Perder tempo num olhar
sem que tenha que ser beijo
ainda que haja um gostinho de desejo

Perder tempo nos gestos, nos cuidados

Deixar que haja o momento inteiro e liberto
em todo carinho e respeito

Antes de abusar do abuso impulsivo
de quem aprendeu a ter tudo, na velocidade do capital.

Perder tempo

Nesta perda,
o ganho da espera
tesouro do fim do Arco -

Iris sutil dos olhos
sensível aos milésimos

Universo perdido,
rendido pela pressa do ÃO

musica para pintar

A musica sustenta o sentimento a medida que vibra.
Respeita e transpira cada pincelada ativa
E na umidade das cores mergulham novos tons... timbres
E a musica canta toda a tinta, que mancha toda a musica...

Com imagem lancei vida, no sexo das horas.

lição raiz

Que aprenda de uma vez por todas!
E relembre a cada dia:Expressão !!!!

De todos os jeitos
De todos os sabores...

Raiz de toda a vida.
Amém!

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

antiga amizade

oooohhh saudade de velhos amigos, os quais o coração batuca como algo novo, e sem dizer nada, a gente simplemente sabe, de todo o sutil estar que faz morada, pq toda a historia boa, eh historia antiga.
Apesar de brincar de "esconde" pelas voltas do tempo... Basta apenas um sobro expor sem maldade, o que sempre foi e sera', amizade.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

As vezes uma criança parece ser tão adulta.
As vezes um adulto parece ser tão criança...
As vezes uma criança apenas sendo criança , por uma palavra faz a gte voltar no tempo, e sentir a euforia dos sentidos... Estampando exatamente o mesmo olhar infantil em uma face ja tecida pelo tempo.

domingo, 28 de novembro de 2010

OLHO NA PRESSÃO!!!

Tá fervendo...Os 27 chegando de mala e cuia!
Com o sossego dos 20 e + 7 mandamentos ferozes!
Governando por mais 3 anos de vida, para preparar o reinado dos 30.

O ciso ja nasceu pela raiz, mas o juízo ainda ta escondidinho.
...Eh respirar fundo, que amanhã...Definitivamente...Será outro dia!

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

maio. ainda em flor.


Ballet. ainda em maio.
dança.por tons em flor.
Petalas. acasos ou ensaio?!
O recorte tem a sua cor...
...de Artista, tem o seu desmaio.


II.


Maio. ainda em flor.
Ballet. ainda em maio.

Dança. por tons em flor.
Pétalas. acasos ou ensaio?!
Ao suor do corpo: Cor
...de Artista, tem o seu desmaio.

Fotografia. enquanto dor.
Aquarela. tem seu sabor.
Desafia...
com nostalgia
Ver apenas : Flor de Maio.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

...

Com pequenas atitudes, grandes vazios se preenchem... A vida ganha sentido com bons amigos!
Sejam todos sempre bem vindos!
Pela mais sutil presença...uma nova expressão 'a minha sentença!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

TEMPO

tempo... tempo... tempo... tempo....

Para encerrar o que ainda permeio...

Para situar o meio caminho...

Para reconhecer novos tempos...

Sem pressa nem preguiça... Sem Nãos, nem Cegos Sins...

Relembrar de respirar... Sem fobias...


Para renascer cabendo em mim.

Por que em mim, cabem todos os meus.... Que nada me pertencem, mas em mim vivem!

sábado, 30 de outubro de 2010

Primeiro Sino.

Sabe...
A felicidade esta na verdade em todas as possibilidades.
Se, soubermos ver com olhos de quem se curva sempre, a este algo maior, que tece o belo tao sutil, pelas coisas naturais.

Rezo esta reza!

Naturais...
Que as vezes, banais demais, para driblar certos altares racionais de si...
Buscando por controle ou pompa menos humilde.


Hei de saber curar meus olhos, a medicar meus enganos.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

lembrete para mim mesma!

Voce ja eh seu próprio domínio!

Nao tente se dominar ainda mais que tumultua!

Respire, se ha sufoco,
Chore, se ha dor!
Grite, quando ha raiva!

MAS NAO TENTE CONTROLAR OU RESOLVER O QUE NAO SABE!!!!

Eh processo de desintoxicação de si mesma
Apenas se escute...

Jaja descobre onde esta errando... quais as providencias.

Obs:SEM COMODISMO!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Trocando turnos

Acorde...
Para ouvir o vento soar
Suave entre o vão de seus lençóis

O sol da tarde invade
Desenhando seus quadris

Venha ver pelos vãos
Pra não ferir sua retina

Venha ver dialogar
A manhã limpa inaugura seu olhar

Uma voz a mergulhar o seu inverso
Em verso constante de lira... delira o sonho teu!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Manhã sem concha

Pela manha, entre pequenos prazeres do despertar
Enquanto o lençol se despede trocando sonhos por saudades
Deslizo as mãos a inspirar
Estico os pés a espreguiçar

Mora na preguiça breve permitida
Aguçando prazer em meu murmúrio
A sua imagem que ágil se lança
Me toma a saudade que não te alcança

Enrosco minhas pernas
Por todo o tecido
Moldando tuas formas
Aos meus ruídos

Ainda que além
Eleve meus sentidos
Nada comporta a falta ...
Corpo e voz ao meu ouvido.

TECO

Olho como quem recorda
Como quem apreende

Ao meu olhar
Segue a semente
Segue o semblante daquele infante

Em todo o feito algo relevante
Faz o que faz ,
E como faz com destreza!,

Se guia `a própria cura
por pura natureza

Nem vê nada muito a diante
se espreguiça brinca e rola
costura acasos como quem dança

Cria e recria sem intenção
pura sensação de ser criança.


Me ensine a não ver
e a ter tudo tão depressa!
sem saber desta pressa hipnótica de gigantes

Me ensine a grande mágica
de ter boca pra reinventar o mundo
pelo tempo que a hora não alcança

Me seduz a esta soma
ao limite de duas pequenas mãos espalmadas

Quero temer somente as palmadas,
desafiar o olhar de quem limita

Imitar como um grande sarro
ou como quem ressalta o que admira

Ter ego de super-homem
A domar sua fantasia
Sem medo de errar.

Em seu enredo,
Erro é manha
Pra quem desafia.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

de volta

Algo me carregou para um caminho muito alem do que meu corpo poderia andar, compreender e essimilar!

Ferias que nada! Levei um coro na alma! Nada que palavras possam traduzir... nem mesmo o corpo e a razao entendem! nem mesma eu! ... Mta coisa p contar!

Nao sei se aqui...Nao sei se em palavras!

Estou de volta!
Dei voltas...
e nada permenesce igual a minha volta, na minha volta.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

(00:00:00 x 00:02:22)

Se o tempo me invade integro,

E a razão me repreende a furtar meu avesso.


Caminho no tempo do reflexo,

Vou do curvo ao convexo...


Envelheço ao pontar dos segundos

Em poucos minutos morri uma vida.

(00:00:00 x 24:00:00)

Durante as horas em que me mantive expandida

Pelo espaço que cresce além das marcas do tempo....


Sou eu ainda jovem...No tempo que envelheceu o dia.

-Tempo Arte-

E daquele espaço todo falado,
sabe-se lá o que ficou arquivado!
E, porque não se sabe, foi desperdiçado?

Digo:
De todo o desperdício de um tempo bem provado.
Revirando o universo de palavras dissipadas ao vento

Distante de qualquer razão,
mas em pleno “CON-SENTIMENTO”

Com o auxilio do olho que não vê além do que sente...

[Vasculhando num arquivo por trás da mente,
que algumas vezes mente sem saber...
Arquivando somente o que prova,
somando apenas as pontas
que o tempo consciente revela.]

Ao abrir a caixa que meu infinito consente
Um formigamento sensível e eloqüente
Tece imagens nas asas de todo o desperdício
Reciclando o lixo em criações constatadas

Fez se arte desde o inicio
Desde o descuido do tempo
Desde o excesso escondido

Desde o consenso do corpo ao acaso
Desde o temperamento desconcentrado

Prova-se a vida que a mente não revela
Mas que por seu mundo o sentimento “dês mente”

Arte que tece aval
Tal qual os dias que adormecem
Tal qual o suco de todo o fruto


Costurando senso ao que é nato
De cor e dor
Em som, ou mudo.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

...

Sinto não ter culpa por me perder tanto tempo...
Mergulhei numa ausência imensa de mim, e em uma carência de processos tão internos.

O meu tempo não teve tempo de olhar no relógio, e perceber que os meses corriam como manada a me atropelar.

Porem, por permanecer imersa, nada senti, pois estava dentro de mim... Vivendo um coma ativo.

E oito anos depois...
Voltando aos poucos, a me sensibilizar para o externo...

Sinto doer o peso do corpo; sinto doer o atropelamento dos anos; sinto chorar, pela historia que percorri sozinha...

E a escrita não alcança, para conter com proximidade o processo.

Derrepente, toda a culpa que a razão sabe não ter, dói na alma por não saber contar...Por se sentir doer.

Onde será que fui me esconder?
Que a fala era intima; que o amor era o silencio; que escrever meu universo, era agressivo.

Pontuar meu labirinto era como me amarrar ainda mais. Pois não sabia de meus tamanhos; não conhecia meus movimentos...Minhas proporções amorfas.

Sobrava sons, grunhidos; frases e pesos.

Das linhas...Tramas.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A medida

Para defender algo que e’ indefeso por fragilidade, e cru de julgamentos
Montamos respostas ágeis ,ferozes e imponentes
Sem perceber, intimidamos o sopro de vida ,a qual necessita a frágil planta
Quase numa asfixia .

E a noção de cuidado fica deturpada...
Pela vontade de proteger,
Hora fazemos sombra demais, montando uma muralha de proteção..
Hora jogamos baldes de água para prevenir a seca, e alagamos.
Hora lembramos que o sol e’ importante, e a erguemos aos céus, esturricando de sol; desconectando-a do solo e de suas raízes...

Saber Zelar por algo, com primor, e’ uma das maiores virtudes cabíveis ao ser humano .

permissão discreta

Naquela ilusão o meu infinito
Mudo nas horas, já não mais minhas

A consumir minhas metas
Em suas medidas de encanto...

A costurar meu pranto

Conduzir-me ao novo

Em paixão que era mito...
É agora espanto.

Minhas mãos, que fechadas asseguravam os sentidos
Enlaçam nas suas, caminhos desmedidos.

Decidir, o que agora é decisivo
E tão distante da razão

Amar este instante não é nocivo
Pura diversão !

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Veraneio (06/09)

Da cor que se faz vistosa ao calor que me cede o bronze
Faz-me arte derramada por teus tecidos
Prostro me estátua desta mesma arte
Palheta cor de vida

Calor que invade
Rubor atesta o toque
Incapacidade de solidão

Componho seu esboço
Meu corpo pousa no tempo

Registra o sol
Cada pose pela tez
Guardando os meus nos teus momentos sutis

Meu tempo de breves pausas
Nao registra as causas de sua arte.
Arte furta cor
Que chora arco-iris

Niver Ju

Como é importante, reencontrar alguém que fez e faz parte de longos processos da vida, que é tão extensa e particular a cada um!
Ter parcerias, grandes laços, que não perdem força pelo convívio ausente ou presente...A todo tempo se reafirma, auxiliando os caminhos de decisão.
É... Sem duvida, a poesia dos dias!

Procuro ouvir e perceber o universo não dito...O presente vivido... Para entender os presentes que o presente me traz!

E, nas primeiras horas do seu dia...Ganhei também o presente!

Recolha deste dia, muito atenta e serena o presente que te guarda.

supostas regras de convivio

( Procuro antes de tudo ser coerente com a minha incoerência e respeitar os ritmos tortos e desconexos... Tentei de tantas formas me organizar... Sobrou para mim, a idéia de resposta... Não muito satisfatória dentro que esperava compreender.
A forma que encontrei, foi tentar ouvir as regras e distorções, que regem minha pessoa em situações que fogem do meu domínio...
Organização, é uma delas! Sou completamente inábil para isso! Mas, ainda espero que, depois de ouvir por um bom tempo meu funcionamento...Respeitando cada falha...Descubra, não só como lidar da melhor forma, como, aos poucos, dominá-lo. Confesso que hoje isto me parece bastante difícil. )

...

E derrepente, precisar mais de mim, procurando me fazer mais consistente, passa a ser um ato lúdico de força.

Funciona... Para uma segurança de postura, que garante sobreviver, quando o universo interno ainda esta recém nascido de si.

A questão não é mais, se sou saudável ou se tenho algum déficit. Não da para ser!

Quando estou em um momento de tamanha fragilidade... Acreditar em qualquer coisa, que deponha quanto a uma força primaria, responde como um tiro no próprio pé!

Tudo recua, regredindo a força das sementes plantadas pelo caminho traçado.

Por outro lado...Em algum lugar de mim, ainda persevera alguma sensibilidade em acreditar em potencias.

Na teoria, me engajo em conteúdos, situações, atos, reflexões e provas, de que tudo deve, e pode funcionar no processo. Em meio a tanta trama e habilidade, é fácil de reconhecer-se como condutor de si mesmo!

Mas, quando a poeira de tanta euforia e energia propulsora, baixa....Pode–se visualizar e sentir o no’ daquele ponto mal dado, na base de tudo.

E, nesta hora, toda a lógica do mundo e todas as provas... Ficam nulas. Porque, a dor que se sente, é mais real do que qualquer fato ou prova.

E como apagar a marca de uma lembrança?