Há, em meu percurso, um amor ao segredo... Ao particular... Às conquistas, duvidas e loucuras... Muitas vezes insensatas e incoerentes...Muitas vezes cruéis, dentro de um sensível amargo. Por este amor e outras particularidades, tenho esta dificuldade, de postar aqui, meu intimo reflexo.
Mais uma vez vou tentar.
Desta vez, não pretendo apagar as falhas de percurso.
Estou tentando fazer deste lugar, algo particular...
Um pedacinho muito meu.
Sendo assim, quero poder deixar passar o descaso natural, que tenho com a ortografia, aqui também.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

engrenagem

Inspiro copo cheio.

Espiro copo vazio. . .

Espiro copo cheio.

Inspiro copo vazio.

Vagando e divagando extremos, o que tenho não seria equilíbrio se não se denotasse pêndulo.

De esquerda para direita e direita para esquerda, o deslocamento é nato.

Não há pausa nem retrato, do que debocha de um momento de conforto.

Não se faz livre nem se faz morto...Não há pressa a romper.

Ata e desata nós na rapidez de mãos hábeis ao crochê.

Algo se tece a medida da linha doada.

Mas sem terço rezado.

Nem foco induzido.

As mãos trabalham em quanto o olhar vaga, mas o corpo paga, e as mãos consolam.

Não há medo do caminho por quem tem cede de colher e cores para doar.

Tece...

Que o caminho é calejar para mentiras e o que sobrar é o que suspira.

Respira?

Respiro...

Copo cheio...Copo vazio...

sábado, 23 de junho de 2012

É tão fácil deixar de escutar as coisas simples...
E na ausência da simplicidade na pressa de vida, na ênfase dos atos.
A vida veste a mentira pela falta de respiro.

Perder o sentido e não se doer, nem rir fica fácil...
Em um mundo que troca amor por notas ou notoriedade infantil e um tanto mimada.

O silencio me recobra a noção viva, do que circunda o mundo por traz dos interesses.
As cores, da vida que se apresenta e seu reino que antecede ao reino dos homens.

Os homens que mal sabem se ver, tem verdadeiro prazer pela repetição de tolices a tentar ressoar qualquer coerência para si, aos solavancos.

Tenho renunciado algumas verdades prontas, para em algum lugar no silencio, deixar-me ouvir o que sobra a bater e qual o ritmo do que vive dentro... Antes de ser treinado a crescer por demandas de conduta.

Verdades que antes mesmo de saber o significado da verdade, já não me sentia servir...

Verdade esta, estranha no que representa a sociedade em seus tantos níveis de traições e loucas concepções do que tem como principio.


Amo as contradições! Mas me devoram quando menos espero.

Quero sentir a terra nos pés todos os dias, que o concreto me dá a falta da urticária que a planta evoca... Chamando reações para alguns plurais da vida que nunca se repetem.

A pressa continua e ainda sou parte dos homens.

Seguem assim as falhas por falar, sentir, e não mudar para muito alem do que roi a minha vontade...

Mas isso nao pode ser desculpa
Nem deve terminar em ressalva de tanto erro de conduta notada

A indignação em questionamento prevalece.
E garroteia a cada ponteiro que me diz atraso ao apertar os paços em direção ao conjunto de ecos e reflexos.