Há, em meu percurso, um amor ao segredo... Ao particular... Às conquistas, duvidas e loucuras... Muitas vezes insensatas e incoerentes...Muitas vezes cruéis, dentro de um sensível amargo. Por este amor e outras particularidades, tenho esta dificuldade, de postar aqui, meu intimo reflexo.
Mais uma vez vou tentar.
Desta vez, não pretendo apagar as falhas de percurso.
Estou tentando fazer deste lugar, algo particular...
Um pedacinho muito meu.
Sendo assim, quero poder deixar passar o descaso natural, que tenho com a ortografia, aqui também.

sábado, 29 de janeiro de 2011

espectativa

Sem saber do que mora na intima historia do outro, a gente se doa.
E por si, doa... e doi.

Doi por doar.

Mas so se doa, por doer...
Doa,por reverberar a falta, antes que todo o elo volte a morrer.

Doi por conter em si,
o todo que seu repleto doado quer...Por nao ter.


(Sem doar... nem doer... nem dó! Só ar... só ser...)

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

sexo

O prazer se despe de vinho
prevalece o contorno
de ritmo e dança nos quadris

o prazer intima musica sutil
buscando a afinar nova dose ao tato,
ja estimulando, que ainda ondula

Silencia o ambiente
À evidencia, o que respira

Ha som às marcações intimas!

O prazer veste-se em si...
unindo a provas ávidas por sabor,
cheiro, e forças

Um nó de muitas pontas.

Ondula entre dissonantes, de graves e agudos
À língua própria
pede e responde...
palavra nula.

Ação responde a própria rota
tudo eh textura
e por toque a loucura.

O prazer retorce sua busca
Sustenta a todo o timbre ali enfático...

E ao reverberar sua verdade à cura
Encontrar um eco emergente que pontua

Desfalece à sua própria estrutura
laceando por duas faces.

E, sussurrando por seus extremos
Digere o longínquo
ao suspiro do que é interno

Tato lacivo espreguiça as partes
a tatos lentos
por onde o toque previa...
a trama macia da cama vadia.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Degustando das falas diversas
a buscar o que, desta cria, ativo...
A saborear o meu inverso,
receitando em mais um verso,
para a culinária de mais um dia.

Hoje espiro,
inspiro...

Tem cheiro de poesia.

resposta ao chamado

Sinal dado! ta ouvindo??

Cantando daqui em tons de Sol...
para ver se de La chega luz, e confronta tanto choro que cai do ceu,
Pela nuvem cinza que se indispõe.

To dando sinal!!!

Traga a sina ao som do sino!

Enderece o com-passo do seu caminho,
Que o som aqui se estende sozinho,
se perdendo ao longo das horas.

A hora e agora!

O mês ta vencendo e o outro vem cheio de pautas
para me orquestrar cumprindo a risca toda a escala
que esta orquestra nao aceita mais desconcertos.

(ao chamado do amigo Chicote)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Macro...Ondulacoes sensiveis

Grãos nos gestos
somas e sintonias
revira o terreno velho
aduba com tanto que é novo

semeia o grão de pura esperança
respira o húmus dessa terra
e seguindo o sumo do que era antigo
caminha um percurso sábio e seleciona, preenche, desfia raízes
Sugando o doce que verte o novo, guina sua força.

E , se, faz da forca ativa. Cedo encontra a superfície.
Cedo colore suas vestes, ao encontrar na luz a direção do dorso,
a esgueirar para o auto sem mais tanto esforço.

E,se, da luz se contagia. Soma o sumo com cor, e da cor pela cor acende a beleza.
Que antes mesmo de ser pela luz, responde a vaidade que se enche de corpo, e te engorda de vida,a medida em que se expande a vida, que pela luz acorda.

logo, não importa tanto,
se ante a luz se fez o reconhecimento.
Pois pelo belo ou pela luz , caminha a natureza.
Ainda que sem luz, se fizesse toda a beleza,
não tendo luz não chegaria aos meus olhos, nenhum acesso.

Solitária seria,
de solitária nobreza
e cedo faleceria
pois solidão não faz riqueza.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

De dentro do amor...

Busco, sem saber... Que estou a buscar a minha extensão.
Com o objetivo de me tornar : O que não sou... O que não sei que sou.

Elástico que estoura a a medida que estica. E, se me atentar, estico ao extremo, e pauso...
A tecer corrente, de quem quer o bem de quem bem quer.

A se saber existir, resistir, e reverberar...Em um todo, que é menos só e menos meu.
Pois, neste assunto...Os meus nøs, nem eu sei desatar.

reversso ativo / inversso reativo



Um invólucro impenetrável, apertado, claustrofobico...
O resumo necessário opressivo/repressivo de si.

Uma unica fresta que seleciona, de toda uma vida...
Em apenas um trecho, de um longínquo horizonte...
Apenas ela, a fazer seu alvo e defesa.

Por esta intensa escuridão: a fortaleza.

Pela frieza da própria força, pela ação reativa...
Sobrevivência em núcleo.

Adormece a medida que ativa.

Uma fresta, e apenas outros olhos...
Liberdade intuitiva.

Luz emanada e expansiva...
Por fé, se faz visão, a a luz sua medida.

Alguma perspectiva...
E apenas esta a alternativa, pelo espaço que se restringe.

Deste lado, ou do meu avesso; pela guerra, é o mesmo que nos revela!

Ve-se a veste da minha carne.
O meu extremo inferno, ao meu extremo interno.

E vi de fora, meu sentinela.