Há, em meu percurso, um amor ao segredo... Ao particular... Às conquistas, duvidas e loucuras... Muitas vezes insensatas e incoerentes...Muitas vezes cruéis, dentro de um sensível amargo. Por este amor e outras particularidades, tenho esta dificuldade, de postar aqui, meu intimo reflexo.
Mais uma vez vou tentar.
Desta vez, não pretendo apagar as falhas de percurso.
Estou tentando fazer deste lugar, algo particular...
Um pedacinho muito meu.
Sendo assim, quero poder deixar passar o descaso natural, que tenho com a ortografia, aqui também.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O dia deu partida.

Coube em mim.
E como cabe, quando nasce de partida!

Cabe, como a gula da desordem
Peso farto escancara

Segue cheio,
Segue denso.

Veste, e ainda sobra tecido...
O que fazer com um dia que nasce partindo?

O tempo passa e as horas dobram.

Segue sem mais,
Sendo dia demais para pouca noite.


terça-feira, 2 de agosto de 2011

No mesmo mundo que me perco,
mora o mundo em que me encontro.

Por rigidez ou por desleixo,
se vejo o avesso como espelho,
ou faço do espelho o meu reverso.

nao sou vadio nem perverso
o meu humor eh o desafio.

tudo parece desvario
tudo travado e tao complexo
se tenho um problema e prossigo imerso

ao mesmo tempo
pela mesma hora...

se decido focar-me no agora
e atentar-me no tempo de fora
tenho as horas a meu tempo

porem se me fizer so por estes momentos
importante e ficar atento, pois eh facil perder as horas do dia

usando o presente `a minha ousadia.

Tom Sentido

Um som
a assimilar meu momento presente
Seria de algum casco de madeira
De algum barco que balança a deriva do mar
E se espreguiça com o vento

E a medida de seu movimento
Range pelas dobras e fendas

Pelo encaixe roto
Acomoda-se torto
Pelas contrações de clima.

Ando contraindo e me expandindo
Ao tempero e destempero
Da disputa entre sol e tempestade.

Rangendo o som do arco
Em que as horas lançam setas
Por soma, cravando o dia.